A mãe novamente geme,
o filho chora em prantos,
a poesia emudeceu-se.
As tardes tornam-se noites,
as estrelas amaldiçoaram a penumbra que encobriu os antigos
pesares...
Mas um amor se desfez.
A mãe chora,
o filho geme,
o mundo se cala.
Seria necessário mil céus para carregar todas as estrelas que
iluminam o amor,
mil mares para separá-los,
mil desertos para fazê-lo sumir.
Por não sentir,dou voz a uma linguagem que fala alma, que
sobrevive dos restos,
e se revela segredante dos mistérios que rondam o infinito.
O mundo já nem chora,
o filho calou-se,
e a poesia floresce nos dedos com a semente plantada em terra boa...
Tudo no ciclo inconstante que é amar em excesso.
(Miquelinne Araujo, À Carmem Silvia Presotto)
2 comentários:
Desde a primeira imagem já nos deixa em êxtase
beijos linda
Obrigado Querido, pela presença constante mesmo que na distância!
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