Sem rumo,sem vida...Apenas amor. |
Demorei...Mas hoje entendo os sinais da alma, do destino e quase me prendo a mesmice, a chatice de achar que tudo fosse mera repetição, e nada mais se renovaria em meu destino, e que eu se eu existisse...Seria sem ação!
Até tracei retas sem fim, apressei meus passos, identifiquei os erros e mais uma vez, não consegui concluir à curva a frente.
As lembranças sempre serão carrascos da memória, e tolice será tentar apagá-las.
A penumbra das noites só me decifra o segredo que sempre soube e a madrugada devolve-me motivos para viver.
E depois... bem depois... do silêncio,
sondo sem exagero os passos da alma,
e vaga ao meu lado... ao acaso.
Tracejo a ousadia da alma, calo as chamas que tento apagar com o sopro de sorte que estremece e repudia os "poetas"...
Voltas sobre um mesmo mundo que já não respira.
Eu que necessitava tanto de alguém quando crescesse, tornei-me "eu" sem nem mesmo perceber.
Rude pesar de passos não traçados que me devolvem a infinidade de feitos que desfizeram meu ser...
E quando lembrar, não mais sentir vontade de chorar.
O último reflexo que mostra, o espelho não nega e minhas palavras...?
Eu sempre me olho, sou mais alma... que corpo.
Mais vela... que barco, mais vento... que mar.
Embora tenha devaneios de poeta,
sou mais certeza... que talvez.
Eu e minha alma hoje navegamos,
em busca dessa tal "sensatez".
Miquelinne Araujo
2 comentários:
Silêncio demorado e preciso para nos fazer mais humanos e mais vivos.
Abraços
Silêncio que faz bem!
Bjos QUerido!
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