quinta-feira, 29 de março de 2012

No fim...



 Alguns dias assim mostraram que não devo pensar em voltar... 
As melhores experiência que presenciei só posso sentir aqui, nas minhas palavras.
Até quando a dor era maior que o afeto, tentei transformar em poesia... Pois é, EU TENTEI!
E dessa forma, me recriei mesmo sem precisar dessa mudança, mudei por gosto, não necessidade... As verdades expostas, me fizeram duvidar mais ainda de quem eu seria, o que sou, talvez o que fui...
Viveria tudo outra vez se ainda contasse com a ajuda dela, a poesia, mas sinto-me triste por vê-la me abandonando assim de uma forma que eu não posso, não quero aceitar. Só que deixar ir, também é uma forma de amor. Amei(amo) tanto as palavras que me recuso aprisioná-las, não poderia fazer isso com quem me libertou. As certezas geraram um tempo precioso que moldou a dedo cada um dos meus sentimentos, reintegrou os encaixes do compasso que eu nem sabia mais que sabia dançar. É ridículo ter desse jeito, ser , sentir, permitir, querer... Mas o ridículo mostra o quão o belo deve ser apreciado. Ser livre e não saber voar, é manter-se preso na ideia que existe liberdade,bobagem, amar é prender, é prender-se, é também soltar, infelizmente, é assim que percebo. 
Correntes, quilômetros, sonhos, LIBERDADE , já me constituíram um dia, remendaram todo e cada pedaço que deixei cair no meio do caminho, colaram as minhas peças ( e reinventaram as que sumiram ), mas quem me curou, timidamente, a seu tempo, foi o amor pela poesia.O impulso  de escrever tá vivo aqui dentro, mas por enquanto, me perdoo por saber que de vez em quando, eu também preciso de tempo pra pôr em prática aquilo que eu dito, é chegada a  hora: Querida Poesia, até breve, a gente se encontra mais logo... 

Por que definitivamente, eu me recuso dizer adeus...!


Miquelinne Araújo

terça-feira, 20 de março de 2012

Sem asas




Posso conciliar a luz com os sentimentos e assim enxergar o que os olhos teimam em esconder...
Remendo sentimentos incompletos na realidade do sorriso fazendo dos sonhos um lugar seguro pra morar.
Tropeçando no meu sentir, sussurrando  as memórias ,teria como não chamar de anjo?
Pleno saber de não saber, de não entender e mesmo assim, continuar por perto, sabendo o que nem sabe, falando o que nem precisa... Sendo presença  quando clamo em gritos por alguém que entenda meu silêncio.
Uma poesia que escrevo pelo fim, que entendo por olhar, pra sentir acho desnecessário tocar, se o que chego a ter for real, dispenso a inconstância, fico então sabendo até o que sei. Olhar preciso de alguém que mora, que permanece em mim ainda que a presença seja apenas sentimental... Meu anjo sem asas do sorriso de lágrimas, da beleza inocente, da doçura de quem sabe se ser, de quem sabe se sentir, de alguém que me faz sentir mais eu sendo o que sou, um alguém que me mostra o que a realidade disfarça ( alguém que me ensinou admirar a ilusão). 
São apenas certezas do que é desnecessário desenhar, por que nos olhares dos que amo, percebi que não preciso de asas para voar...

Aos meu anjos, em especial, Tatiara Araujo!

(Miquelinne Araujo)