terça-feira, 7 de junho de 2011

Um "A" de Adeus

O último Adeus... =/

Em instantes, momentos...Nunca se espera.
Nunca será fácil.
Entender? Talvez um dia...
Mas é a única dúvida da qual temos certeza (E ela há de vir). Jamais aceitaremos perdas, principalmente quando nos levam pessoas amadas, amigos, anjos... O censo humano de não admitir o fim, que não dá rota final a estrada que muitas vezes nem se quer queremos trilhar, mas ninguém quer deixá-la. E dói, e muito, ver pais enterrando filhos e filhos enterrando pais (dói mais ainda saber que  é pra sempre). O choro deixa de expressar a loucura e passa a executar seu real sentido: A dor.  
Muitos se vão, muitos ficam... E todos ainda iremos. E os olhos já não podem mais ver!
Num piscar de olhos, é duro aceitar que talvez não mais voltaremos a abri-los, e é mais triste imaginar que muitos vêem uma vida toda e não conseguem enxergar o que realmente deve ser visto(passamos a vida cegos, sem direção...) .
Adeus é palavra que não se quer falar, muito menos escutar , por que adeus não deveria existir. 
E ontem, até o céu chorou!
Os passos que não damos, os sorrisos negados, amores não vividos (e são deixados pra depois), mas o "depois" pode não existir... A passagem que tomamos, é sem volta, e quem sabe seja ela a que mas nos fará bem.
Pequenos demais pra entender a dor, pra conviver com ela e mais ainda entender ( e tenho medo, de perder os que amo). Quem não tem?
Famílias incompletas...Corações despedaçados (mães sem filhos, filhos sem os pais).
Os bons vão cedo, partem inesperado, e isso talvez por que não apreciamos sua existência... O mundo não é merecedor de tê-los ( mas explique isso ao coração).
E hoje, presencio a real dor da ausência, e certeza de não voltar a ver, sentir, tocar...( e em mim também dói)!
As folhas já nem inspiram, o céu se escondeu...Até os poetas choram(e como choram).
Não querer sentir, é sentenciar excluso o que sempre é presente.
As lágrimas nem de longe traduzem a dor...
Desumano comparar dores, cada qual sabe o tamanho da sua, cada um sente ( A dor é inevitável)
Resta-nos despedida, e sonoramente só escutamos "ADEUS".

(Por: Miquelinne Araujo, In memorian )

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