terça-feira, 27 de setembro de 2011

Quanto tempo o tempo leva pra se refazer?



Perdida...Sozinha!
Sem tempo pra novas escolhas, sem tempo pra ter do tempo o que o tempo pediu de mim.
Saudades de uma flor que cativou tanto amor, que engrandeceu-se na pureza de sua essência...
Questão de tempo, adaptação.
Veredas mesmo só construo pra mim, na ausência do que me foi levado!
Rasgo em paredes brancas as recordações de um tempo que já foi colorido...Um tempo que se viveu.
Enxergar além dos planos, requer forças que ainda não aprendi a descortinar. A cada novo sabor, só resta-me lembranças de que muito pouco amei! Que pouco sei...Que nada sou.
De tuas origens não sei o que se origina, mais tudo aquilo que teve origem, se originou de ti...
E o tempo quebrou as vidraças de minhas portas...E vi muita coisa partir, na incerteza do voltar.
Desaprendi a esperar na espera pelo que não veio, e ainda espero, mesmo não acreditando na volta.
Mergulhei num mar onde nem a lua atreve-se ser reflexo...Até ela se despediu, foi pra longe, em busca do calor do sol!
Por entre dúvidas, reescrevi meu destino e hoje sei que o Senhor da Razão é também as horas que vejo passando, que embalam meus versos e me afagam a memória...
Questão de tempo,tudo não passa de uma simples questão de tempo.


Miquelinne Araujo

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Um adeus a Primavera

Avançando mais uma estação na estrada da vida

Se após tudo ainda resta a sombra que persegue a mais decidida de todas as certezas...Recompor!
A fala disposta, é sempre necessária.Ela nasce da realidade e toca o coração das pessoa.
Bem ou mal não sugerem escolha, demonstram valores.
Eu me limito a olhar para o fato inegável de que a maldade se esbarra em nós o tempo todo, de uma forma passageira e liberta...As máscaras que ele veste, são diversas. Por hora sedutoras, engraçadas, mas ele nunca deixa de ser desbotado. Se utiliza de nossa fragilidade e nelas se Adentra, faz seu ninho.
E o bem? 
O bem está presente nos que tocam o coração dos outros e repercutem em si próprios.  Aos fortes é dado o dom de escolher, e fracos, são os que nem mesmo tentam, mas nada considerado por paradigmas humanos, é tudo sentimento.
Só se ama uma rosa se considerar os espinhos que ela carrega. Diferente do que falam, o amor não é cego, o amor é capaz de enxergar além das aparências, do bem, do mal...O amor nos possibilita viver com o contrário, por que o corpo pode não ter mais a mesma forma do passado, mas só nele é guardado as memórias que nos recordam quem somos.
Questão de força não dissimula e muito menos molda pessoas, o amor é arquiteto da alma como em tudo que dela se esvai. Ser forte é admitir fraqueza e mesmo assim  não esquecer-se que tem forças, porém, é humano.Acredite, o futuro está a frente, a vida é real...O amor virá a se transformar por deveras. Mas a viajem  só começa no momento em que decidimos ir. A beleza do incerto que nos espera, antecipa o desejo que nos faz arrumar as malas.
Eu decidi viver assim. As malas estão sempre prontas...Quando eu perceber que a vida me chama, não pensarei duas vezes: Eu partirei!
E você, virá comigo?
Minhas palavras até aqui, podem não ser simples ou fáceis de serem desvendados, mais moldam-se no que vejo e se eternizam no que ouso acreditar, e não que seja sorte, ou destino: É escolha, e eu escolhi por ser amor...Amor e nada mais.E me basta um olhar para perceber que o espetáculo repetido tantas vezes não se repetiu, mas que sua ausência é necessária para a transformação das minhas palavras, que nada querem a não ser falar desse "tal amor"...
(Miquelinne Araujo)

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Nada além de amor!

Nada que seja tão pouco que não nos permita satisfação!




Ultrapassar os limites embora sem forças, a lei da vida.
Buscar encontro na desunião e amar a ponto de dar vida pela própria morte!Teorias nada mais são que isso!Se servissem de consolo, não haveria tanto sofrimento...Pode ser que eu seja pequena demais para saber, mais grande o suficiente para acreditar que só os fracos não podem amar...Fortes são aqueles que amam, e se não amam, são covardes. Não é necessário que preocupação em ser amado levante de um todo e venha  corrigir erros:A vida não vem com instruções!Só se engana quem dá permissão ao acaso, e devolve não muito longe as discórdias passadas, que já deveriam ter sido recicladas e reutilizadas para novas experiências.O Livro no qual cada um é autor, é o agora e não que sejamos apressados, mais nós tornamos donos de um monólogo da alma, uma voz calada e sem tom, onde nem se quer os vestígios dominam os pedaços.Não há donos da verdades e nem inventores da mentira, tudo se resume a dois lados, e cada um escolhe por onde deve ir.Trajetórias independentes, criadas por sobre face sólida, estúpidos e perfeitos, a ponto de ainda amar.Perante uma industrialização de caras, fabricação de sentimentos e exportadores de dor, somos comércio ilegal, e revendidos ao próprio si e com altos riscos de devolução.
Centrados na ilusão de existir, vivemos fortes, e mesmo após quedas, temos a força e a certeza que novamente vamos cair, mas que nada e nem ninguém nós impede de prosseguir, por que limite é fim e nosso fim, seria deixar de amar!Por que se é amor, sempre valerá a pena...


Miquelinne Araujo

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Apenas vejo...



E já não faz diferença enxergar.
O que será mais fácil?

Ontem sussurrei ao silêncio palavras de desafio,
recolhi assim respostas...
Teimo sim, em desfaz qualquer laço contra os "nãos" que vindouros, perdem a força cada vez que renuncio.
Trocas desfeitas, há quem chame de "tolos" os que em plenitude, seguem verdades as quais nunca virão.
Desejo? Inocência?
Difícil mesmo é não mais diferenciar, não me recompor cada vez que insistente perturbo a minha alma pra me convencer que tudo, não passou de mais um nada e que sou sim capaz de prosseguir.
Tornei-me fruto moldurado, retrato sem lembranças...Tornei-me trevas nos passos que sugiro aos meus caminhos.
Não buscar ou mesmo não mais querer, por que noites atrás, eu sonhei sim, e a realidade me faz rever que tudo fazia sentido. 
Sem cor, o sabor da vida é o tempero que desenho, a ilusão que construo é o sonho pro futuro e o meu futuro, este desvenda-se a cada atitude, por fim ou por intermédio das reticências, bobagem sim, mais que se torna necessária ao meu olhar e se refaz a cada linha manuscrita, quem mal dirá?
Amor é sim jogo sem começo, e somos nós quem decidimos o FIM.
Escolho por ser testada, por jogar e talvez, me reinventar após PERCAS,
sou mais que espírito,
SOU HUMANA.
Escrito monologado, repassado e amassado, sou presente que não volta, passado que não resumiu e fim que começa apartir das minha vontades.
Poeta do silêncio, manuseio metáforas...E até prefiro que assim seja.

FÉ!


Miquelinne Araujo

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O que você quer ser quando crescer?




Além das primaveras...


Futuro?
Crescer?
Amadurecer?
Se após tudo ainda me restar a ânsia entre as descobertas e mesmo assim o sangue ainda implorar por calor, apenas liberto o grito e que ecoe entre os quatro cantos o que é renovável: A liberdade!
E ainda que se desempenhem as mais variadas formas, transcrevam-se os poemas de forma contrária, pondo frente aos sentimentos uma ideia qualquer, ainda assim , buscarei "novas estações".
Sim, o trem que passava em minhas lembranças, levou desfrutes das primaveras da meninice, recapitulou capítulos que teimava em acreditar que já tinham fim.
Os brinquedos sugeriam distração, nada mais que busca...E essa busca persiste até hoje.
Vestidos de laços borrados, sapatinhos negros, "rabos de cavalo" nos cabelos loiros, um passado prazeroso, distante e encantador.
Amigos passageiros, anos difíceis, infância!
A poesia já existia, mas tava guardada pra ser usada no meu agora.
E descobri o que quero realmente ser quando crescer...
Quero ser feliz e você?

Miquelinne Araujo

domingo, 4 de setembro de 2011

Tropeços e Conclusões





Já não preciso mais que o vento me siga e leve de mim os arranhões que teimosos ainda ardem na alma...Não quero e não preciso. Um resultado inconstante de regras e palavras, simplificado ao máximo e elevado aos expoentes reais de uma dor cujo nome se ausenta no frio da noite e no calor de um abraço mal-dado. Levantada nos nós que desfeitos levam-nos ao chão, estou descalça em uma superfície onde "sapatos" não protegem  contra nada. Cansada de saberem sobre como e sobre o que devo "escrever", julgada pelos que mal sabem "amar" e cantam certezas como quem prova de delicados goles secos em uma garganta enganosa e de voz atraente. Sou dona de minhas vontades e as verdades só guardo e exponho pra quem realmente as merecem... Minha escrita não se deduz pelo movimento do lápis, mas pelo estado da alma, é a linguagem do meu coração.Sem idéias certas, no impulso só transcreve o que acho que é lógico, não para alheios, pra mim mesma! Monopólios de sensações, que se transferem pela face avermelhada, pelo olhar negado..O medo de sentir o que as "palavras" tentam explicar ( nem valem muito, a filosofia perdeu-se). Sentido mesmo só busco nas minhas irracionalidades, elas traduzem, se percebem, conversam e viram textos, não para encantar, mas para buscar de si o seu melhor. Otimizo defeitos...Sou Cinderela sem sapatos,Branca de Neve que não se perde, Rapunzel sem tranças, sou final desproposital, sou filha do mundo, sou língua perdida, sou tudo o que me permito não ser e acabo por me finalizar em entrelinhas, que depois de descobertas, falam mais que as próprias razões.Nada mais de engasgos, nada de vômitos...Eu respiro incertezas e produzo conceitos, favoreço as súplicas e reinicio tudo o que se faz entre desmanchos. Posso até ser poesia errante,mas só de ser poesia, já é mais que suficiente.

Miquelinne Araujo

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Feridas...


Cicatrizes marcam o que nunca se permite esquecer...Não se sabe ao certo,mas a principio, só resta cor!
Transmutam-se sorrisos e outrora, já caem em lágrimas.
Não se finda o certo, assim como nada se busca além de poesia.

Vendo em completo o que me resta, e se dele sobrarem pedaços...Os doo gratuitamente ao fascínio de escrever.
Dores que não descansam, desarmam meu peito e moram em outros horizontes.
Buscando entre nós um laço definitivo para não mais chorar.

E assim como a noite, os reflexos passam...São tão possessos, que me encontram e perdem, com a mesma facilidade entre entrar e sair.

Pessoas nada mais sugerem...E a distância me tranquiliza(Pouco tempo, muita falta e me sobram as certezas)!

Miquelinne Araujo