terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Refúgio


Quebrou-se , vidro de sangue vermelho, 
manchado pela dor de ver partir a essência do tempo, 
tempo que também se vai, tempo que só destrói. Duvidando 
de seu força, o barco flutua nos mares da indecisão, penetrando de arranque naqueles que o seguem, sendo como fim de uma nuvem que chora transformando-se em chuva...Desaparece então o encanto, e antes que fosse aurora, anuncio o crepúsculo, trazendo consigo o que resta de brilho e o que de alguma forma, ainda permite-se ver. Finda a tempestade no coração, dá-se lugar ao arrependimento e coloca-se em prática tudo que se pôde aproveitar, mantendo a aparência de um anjo e trazendo no coração, toda a sorte de não sê-lo. Será realmente que um erro pode condenar uma vida toda? Ah, é um encanto doce, uma amarga certeza, um brilho no escuro, é uma metáfora que dispensa  conceitos, sendo que o poder da visão pode até iludir, mas não pode encerrar.  E não é força que desvenda, no que o brilho terreno não encabula, timidamente se enxergam horizontes , onde nem por uma vez de deixou de acreditar. Dos anjos faltou-lhe apenas asas, mas se as tivesse, o Voo seria tua escolha e vê-lo partir, faria tudo que é concreto desmoronar em águas salgadas, descidas da fonte de todo sentimento e levados de junto até beco sem saída, ali, teria apenas duas escolhas: Ou viveria pra voar, ou voaria por amor e em nenhuma delas, poderia tu voar...

Miquelinne Araujo

2 comentários:

Felisberto T. Nagata disse...

Olá! Boa tarde!
Q belo texto!Sensível e bem articulado!Parabéns!
Boas festas para vc e seus familiares!

Miquelinne Araujo disse...

Ah, obrigado pelo carinho Querido, os textos são uma forma de expressar aquilo que sinto...
Boas festas a vc tbm e a todos aqueles que o fazem feliz!