quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Molduras,vozes sem rosto!





O fim que renova as forças e entoará uma nova canção. Um relógio que parou no tempo para medir o descabimento do amor e que não permite voltas sequestradas, pois é paixão em horas e busca incessável pelos minutos que escapuliram das mãos.Foi sim, e cada novo pulsar, sugere viver e morrer, mas dentro de si, donde nenhuma voz se não o silêncio é permitido. Queria só invertes, trocar papéis e ser dona da "música", cantada em sopros e poucos suspiros, trazendo surpresas e novos segredos, que na alma não caberiam!Produz a mesmice daquilo que não é, e se constroem apartir do se foi, renovando o verdadeiro sentido se "ser". Os lábios ainda assim, mostram, calam a penitência com o toque rendido,  esperado  e prologando ao cubo pelo súbito desejo de unir em dois o que é apenas um, por fé e não pretensão. Que vá então ao céu e tragas a mais brilhante, capaz de espantar a certeza de tua solidão, pois não serve de abrigo uma moradia revelada em terreno fértil e plano, queres viver do gosto errado, daquilo que é pecado, onde o sabor do erro esmague a dor de esquecer. Querido incerto, dono de voz convidativa e olhos preenchidos, que impõem limites e se tornam ilimitados, descubra-me por cima de teu poder que é olhar cuidadoso e quebre de si, estes quais nada menos merecem do que a paz de ser amado na esquina de tua sede...
                                   Docemente amargo...
                                                                      Tua voz!


(Miquelinne Araujo)

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