sexta-feira, 29 de julho de 2011

Ciclos


Sem rumo,sem vida...Apenas amor.

Demorei...Mas hoje entendo os sinais da alma, do destino e quase me prendo a mesmice, a chatice de achar que tudo fosse mera repetição, e nada mais se renovaria em meu destino, e que eu se eu existisse...Seria sem ação!
Até tracei retas sem fim, apressei meus passos, identifiquei os erros e mais uma vez, não consegui concluir à curva a frente.
As lembranças sempre serão carrascos da memória, e tolice será tentar apagá-las.
A penumbra das noites só me decifra o segredo que sempre soube e a madrugada devolve-me motivos para viver.

E depois... bem depois... do silêncio,
sondo sem exagero os passos da alma,
e vaga ao meu lado... ao acaso.
Tracejo a ousadia da alma, calo as chamas que tento apagar com o sopro de sorte que estremece e repudia os "poetas"...
Voltas sobre um mesmo mundo que já não respira.
Eu que necessitava tanto de alguém quando crescesse, tornei-me "eu" sem nem mesmo perceber.
Rude pesar de passos não traçados que me devolvem a infinidade de feitos que desfizeram meu ser...
E quando lembrar, não mais sentir vontade de chorar.
O último reflexo que mostra, o espelho não nega e minhas palavras...?

Eu sempre me olho, sou mais alma... que corpo.



Mais vela... que barco, mais vento... que mar.


Embora tenha devaneios de poeta,


sou mais certeza... que talvez.


Eu e minha alma hoje navegamos,


em busca dessa tal "sensatez".

Miquelinne Araujo

2 comentários:

Sândrio cândido. disse...

Silêncio demorado e preciso para nos fazer mais humanos e mais vivos.
Abraços

Miquelinne Araujo disse...

Silêncio que faz bem!
Bjos QUerido!