sexta-feira, 8 de julho de 2011

Doce Loucura

"A metáfora que ecoa e transborda em meus olhos"


"Eternizei a prisão que me libertava daqueles pulsares incontroláveis.Há muito mais do que sempre sonhamos...
Ambicionei eternidade, e frequentemente, ela me surge, figurada em momentos. Estou livre das armaduras que me prendiam na dor e poemo não por amor, mas necessidade de amar! Prosto-me no infinito que termina na lucidez dessa loucura. As negras ilusões foram esquecidas, e hoje só guardo os antigos olhares...A delícia do beijo. Ah, e se o passado ainda vivesse? 
Teimosamente indecisa tornasse a vida de quem ama em partes, em pedaços, sem certezas!
Poetas até tentam, e descrever é fácil, díficil é sentir, reconhecer, sentir na pele.
Anoiteci em versos, sonhei com poemas e vivo da poesia.
Preenchi o vazio com a ausência, fechei o cadeado que abria para o fim, transformei o antigo desejo em tarde onde nem mesmo o céu consegue reamar as nuvens.
Entorpecida pelas mãos seguras, parto longe em busca da paz que o amor não me trazia...Parto em busca da saudade, em  busca de mim.

(Por: Miquelinne Araujo)

3 comentários:

Non je ne regrette rien: Ediney Santana disse...

nem sempre, infelizmente, o amor rima com alegria

Miquelinne Araujo disse...

Nem sempre realmente, mas quando rimar, valerá a pena poemar!

Sândrio cândido. disse...

O amor é sempre ou quase sempre uma rima com a dor, pois só quando amamos é que sabemos da profundidade das coisas e dos seres, e saber da profundidade é encontrar a dor, sentimento necessário. Preencher o vazio com a ausência, eis o segredo místico de nós humanos
beijos querida