quarta-feira, 27 de julho de 2011

Eclipse

Entre feitos e sonhos...Amores! 

Se após tudo, ainda não me desgrudar da alma esse vazio,

o peito arder de solidão, e uma lágrima escapar em espanto,
descer lacerando a carne, como se queimasse o sonho,
e o soluço contido esconder o pranto.
Se ainda que sonhe as míseras condições de amores, a verdade ainda esconder-se sobre mim.
Se ainda que caminhes e busque, entre pontos os sonhos esquecidos pelo não querer da ilusão.
Pode ser... que esteja somente a deriva, procurando um norte.
A mesmice me levou ao cansaço, o individual me deixou sem o abraço.
A voracidade do ter abandonou pelo caminho,
quando procurou abrigo... se viu sozinha.
E pelas mãos escapavam poesias, buscava-se magnetismo na alma...
Buscava-se a alma.
E ainda reconstroem-se os passos desalinhados, o afeto perdido.
Se depois de tudo... inda faltar insensatez,
haverá uma chance de nortear o destino outra vez.
Não se perde quando reeditam-se os sonhos,
quando a soberania sobressai-se da ditadura.
O diabólico sabor desventura, desnuda, desespera.
E transpiram-se as lembranças, recai-se o pranto...
E parte-se em busca de um novo norte, onde além da volta,
se refaça o amor.

(Miquelinne Araujo)

2 comentários:

Sândrio cândido. disse...

Lembrou me os versos da mariana ianelli
"não foi o cansaço da jornada que novamente nos venceu..."
Na verdade não é o cansaço da jornada, mas da rotina esvaziada de cores e de sensações novas, gostei do teu texto minha querida
beijos enormes sempre

Miquelinne Araujo disse...

Obrigado pelo carinho amado!


Adoro-lhe

Bjos, bjos da Line (rsrs)