quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Monólogo

Aos que voltam na presença constante da ausência contraditória!

Por quem passeia em meu silêncio,há de me desvendar ...
Ocultar em gritos, refúgio na simples monologia de revocar em vão o que se perdeu a tempos.
Ando a ressuscitar poemas...
Nem sempre surge dos seus olhos o que os meus gostariam de ver.
Confesso que errei em demasia...provei das desventuras.
Enganei-me nas encruzilhadas do destino e por nada mais que "nada", sou réstia.
Revestida pela não inocência, os desejos são passageiros e transbordam do meu infinito.
Não aceito saltos sem voltas, amores sem certezas e vidas sem erros.
Sou poeta da ilusão, do desconhecido...Sou tanto quanto o como de amar!
E assim pertenço ao cabimento que me cabe amar, ao sepulcro do desespero e o medo infantil de me perder.
Não por medo de não mais achar caminho, mas por medo de me encontrar onde não quero existir...
Por medo do desamor.
Medo do medo.
Recuo em verdades escritas que desafiam a própria contrariedade do amor.
Mas após a certeza, restam-me sopros pequenos do que um dia já foi meu tudo...

Miquelinne Araujo 

3 comentários:

Antes do Outono disse...

muito bem..gosto muitos de suas letras, escreve como ninguém....um abraço bem apertado...

Sândrio cândido. disse...

Confesso está deslumbrado, beijos

Miquelinne Araujo disse...

Obrigado Meus Queridos!
Auricélio, saudades de lê-lo e Sandrio, aprendo contigo cada vez mais (Obrigado por existir)!